Um levantamento preciso sobre as razões da crise da aviação comercial brasileira está circulando a partir de hoje.
Onde? Surpreendentemente no ‘Jornal do Senado’, edição semanal.
Alí a ‘crise’ está quantificada e ‘motivada’:
1 – O movimento de passageiros cresceu em ritmo acelerado nos últimos três anos (19% só em 2005);
2 – entre 2000 e 2006, o movimento de passageiros subiu de 41,7 milhões para 57,6 milhões;
3 – a frota de aviões despencou de 366 para 230, uma queda de 37%,
4 – só a Varig, que era a maior empresa aérea do país, perdeu 73 aeronaves e passou a operar com apenas 15;
5 – a TAM e a Gol passaram a responder por 86% da venda de bilhetes, caracterizando o chamado ‘duopólio’;
6 – em 2006, a margem de lucro da Gol foi de 15%, a da TAM, 7,6%. No mercado internacional, são raras as margens acima de 3% e a maioria das companhias americanas e européias registraram prejuizos no periodo.
7 – os aviões brasileiros, que até 2005 voavam apenas com metade da sua capacidade, têm hoje 72% de ocupação;
8 – o contingenciamento das verbas em infra-estrutura de controle aéreo, equipamentos e formação de equipes reduziu os investimentos nesses itens praticamente à metade.
Esses dados constam de discreto rodapé, na pagina dupla onde o ‘Jornal do Senado’ trata do assunto. Eles valem por uma CPI.
Fonte: Blog do Tão Gomes Pinto.