ANALFABETISMO POLÍTICO
DISCUSSÃO TEÓRICA
O Brasil hoje ostenta um índice de analfabetismo relevantemente alto considerando o crescimento do desenvolvimento econômico do país. Segundo dados do IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia Estatística, cerca de 10% das pessoas acima dos 10 anos de idade ainda são analfabetas. Esses números poderiam ser mais animadores, mas infelizmente o nosso país ainda não oferece uma educação de qualidade ou não repassa os recursos necessários para se construir uma base na educação brasileira. Diante disso, em época de eleições é comum encontrar candidatos que se enquadram nessa estatística e são eleitos sem o menor preparo para representar o povo no poder. Povo esse, que também elege o candidato por simples afinidade, motivo pessoal ou influência alheia, ou seja, um total desconhecimento do que é votar e legitimar o direito de cidadão consciente sabendo analisar e escolher o mais apto para representar a população no poder.
É sobre essa questão que irei tratar agora. Colocar os pontos teóricos do analfabetismo político tanto eleitoral quanto governamental em discussão. Mas de início, é preciso esclarecer o que é o analfabetismo? Numa definição básica dessa questão, poderia afirmar que o indivíduo analfabeto é aquele que não consegue identificar o conjunto de letras e regras gramaticais, é o desconhecimento do alfabeto e a incapacidade de ler. Dentro dessa perspectiva, existem variáveis como o analfabetismo funcional. Onde o indivíduo consegue identificar as palavras, ler com facilidade, mas não tem a capacidade de interpretar, dar sentido ao que leu. Não muito diferente desse conceito, está o analfabeto político. Esse pode se enquadrar nessas definições anteriores e se encaixar num analfabetismo ainda mais nocivo à sociedade. Exercendo cargos sem ter menor preparo ou conhecimento das leis, cumprimento de direitos e deveres que são garantidos pela constituição. Assim, posso começar a expor o que de realmente acontece no nosso país dentro dessa questão. O homem como analfabeto em suas várias perspectivas, dentre elas, a que exige mais responsabilidade e é na política onde podemos encontrar maior quantidade de homens despreparados.
Será que o analfabeto tem o mesmo direito democrático que os homens letrados? Vivem numa democracia igual? O conceito de democracia varia de acordo com a sociedade em que vive e a cada dia vão se incorporando novos conceitos e regras. Etimologicamente falando, democracia significa governo do povo. Esse termo passa a idéia de quê o governo e os seus integrantes exercem uma relação direta com o povo, abrindo espaço para uma participação popular. Os Gregos foram considerados os primeiros a constituir a democracia, isso aconteceu através três fatores: a divisão de terras, a urbanização e a divisão de cidades. Assim, tornou-se inevitável o surgimento da demokratein.[1] Onde a partir desses dados históricos, apareceram os primeiros governantes que eram aqueles que detinham maior poder aquisitivo, nesse caso, posse de terras. Na história de nosso país não foi diferente e, até os dias atuais, há uma hegemonia daqueles que tem maior poder aquisitivo. Com esse contexto histórico e trazendo para a realidade do século XXI, consideremos que nos dias atuais, há uma grande distinção entre os níveis de alfabetismo e analfabetismo. O homem analfabeto se distingue facilmente da sociedade e ainda não tem o mesmo valor democrático que os demais alfabetizados. Fica incapaz de realizar as mesmas tarefas e de desfrutar de benefícios oferecidos como: concursos, trabalho, emissão de certos documentos e manter relações comerciais.
Observando esses dados e conclusões, abre-se espaço para outra questão: até que ponto somos capazes de escolher um governante? Levando em consideração os vários níveis de intelecto e de incapacidade alfabética, fica duvidoso um candidato expor com fundamentos suas propostas de maneira legível e significativa para todos os brasileiros. As percepções serão totalmente diferentes e entraram em conflito dependo do caso. Há vários tipos de intelecto entre o eleitorado, diferentes interpretações e atenções sobre as campanhas desenvolvidas no período anterior à votação. O direito (e obrigação) do voto é estendido a todos os brasileiros maiores de 16 anos, mais nem todos são capazes de tomar decisões lógicas para votar. Nesse âmbito, atrevo-me a aplicar o termo de “eleitor como máquina votante”. Funciona apenas na hora de votar, serve como números, dados estatísticos para eleger o candidato. Se houver uma pesquisa sobre essa questão, os resultados serão assustadores. Pois muitas pessoas nem pararam para pensar em quem votaram, não assistiram à propaganda política e nem tiveram uma reflexão do voto, do ato de apertar o botão da urna. Simplesmente chegou na hora e confirmou a presença e para o TSE, fez seu papel de cidadão.
Cidadania que todos nós temos, mas não na mesma proporção. Num conceito mais simples pode-se dizer que cidadania é a condição do desfruto dos direitos civis, políticos e sociais conferidos em um Estado aos seus membros.[2] A Constituição Federal trás em seus fundamentos que todo brasileiro tem direitos políticos como votar, candidatar-se a cargos políticos e direitos sociais(Art. 6°): “São direitos sociais: a educação, a saúde, o trabalho, o lazer, a segurança, a seguridade social, a assistência aos desamparados, à proteção à maternidade e a infância.”[3] Esse artigo reforça a citação acima e nos da a idéia de que não existe cidadania e sim cidadanias. Brasileiros que não se encaixam no artigo 6° da Constituição não por uma questão de escolha, mas sim pela desigualdade social que se apresenta no nosso país. A educação como base para todas as pessoas desde a infância, é um direito que muitos não têm, mesmo sendo garantido pela Constituição. É por essa linha de pensamento e de uma realidade pura do nosso sistema social, que há diferenças e interferências nas escolhas partidárias e políticas no Brasil. Mas, mesmo com essas distinções sociais, existe uma lógica para isso. Há classes diferentes com parâmetros diferentes, cada qual com seu papel na sociedade e que um de certa forma complementa o outro. Do nível mais baixo de qualidade de vida ao patamar mais elevado socialmente. Os papéis são complementares e não deixam de rodar a esfera das “cidadanias”. Um bom exemplo disso são os catadores de material reciclável que exercem suas atividades de acordo com o meio em que vivem e dependem dos consumidores e compradores para trabalhar. Níveis diferentes e que compartilham de direitos diferentes, mas que ainda assim fazem parte de uma distribuição de classes estrategicamente dividida pelo sistema e que exercem sua cidadania da forma que podem e que o país oferece.
É dentro desses conceitos de democracia política e eleitoral, analfabetismo como um mal para o desenvolvimento político do Brasil e o direito de exercer o voto e sua cidadania, que o texto irá mostrar o quanto o país está necessitando de uma educação parlamentar, de uma espécie de “instrução” para os eleitores. Para assim poderem eleger homens com inteligência e capacidade plena de tomar decisões a favor da sociedade. Proporcionando um melhoramento na divisão social e nos vários níveis de cidadania que ainda assombram o Brasil e passam como uma novela diariamente exibindo capítulos que esperamos ter um fim igual e melhor para todos.
POLÍTICOS DESPREPARADOS
Não saber ler e escrever, são características de uma pessoa não albetizada. Essas são as principais dentre tantas outras que não é necessário citar. E no nosso cenário político, é fácil encontrar pessoas que fazem parte desse quadro que envergonha o país. É mais comum encontrar casos assim em gestões municipais de cidades do interior. O Norte e Nordeste são os maiores campeões nesse quesito. As pequenas cidades do interior dessas regiões exibem políticos que muitas vezes não passaram da quarta série e mal conseguem escrever ou ler, mesmo assim, assumem as prefeituras e câmaras para representar um povo que precisa de melhoras e de alguém melhor para governar. Os jornais sempre batem na mesma tecla quando o assunto é pobreza, enfocam o Nordeste como a maior vítima de uma má distribuição dos recursos para educação, saúde, moradia e trabalho. Mas de quem é a culpa? Todos nós sabemos que são de políticos despreparados e sem nenhuma noção do quê acontece nessas regiões carentes. Os que sabem da realidade nordestina cruzam os braços ou tentam remediar com programas que não auxiliam diretamente os mais pobres do jeito que deveria ser. E quando falo de despreparo, não isolo apenas a questão da leitura, escrita e interpretação, falo também do desconhecimento dos deveres e direitos de ambas as partes: poder e povo. Subir em um palanque e dizer tudo de belo e bonito é o quê se faz de melhor nas campanhas eleitorais, sem contar as propagandas políticas gratuita (de gratuita não tem nada. As emissoras recebem ressarcimentos de impostos fiscais pelo tempo gasto nas propagandas)[4] que enchem a TV e o rádio com candidatos e mais candidatos. Ou seja, nessas campanhas o dinheiro é gasto para “iludir” as pessoas e na hora de assumir os cargos, é que se vê quem foi eleito e o grau de despreparo que surge com leis absurdas, decretos que não servem pra nada e comentários sem valor nas reuniões do legislativo.
Destaco esse problema num parâmetro regional, por que é onde os maiores absurdos acontecem. As cidades pequenas são as maiores vítimas desse mal e quase sempre, não se faz nada para melhorar isso. Por que acredito que se um político tem uma boa base educacional, pode também desenvolver um certo grau de instrução na carreira. Mas como mudar isso? As questões começam pela própria Constituição. Ela dá o direito a todo cidadão, de qualquer classe ou status social, de se candidatar a uma vaga para qualquer cargo político. Sendo assim, como o nosso país ainda ostenta alto índice de analfabetismo, cerca de 10% da população, qualquer um pode usufruir desse direito constitucional e ser candidato nas eleições. È onde grande parte se elege por que ganha o apoio financeiro de terceiros (com segundas intenções) e faz o eleitor esquecer qual deveria ser critério principal na escolha: uma boa formação política.
No site do PT (www.paginasdinamicas.com.br/pt) existem cursos que o partido e a Secretaria Nacional de Formação Política disponibilizam para a formação do vereador. Assim, o mesmo pode realizar melhor seu trabalho legislativo. No que diz respeito o seguinte trecho: “o curso não pretende sanar todos os problemas e dificuldades para a campanha, mas pretende municiar política e metodologicamente os(as) candidatos(as).” Essa é uma das preocupações que os partidos devem ter nesses dias atuais com tantas realidades de despreparo no cenário político. Mas esses cursos de formação também apresentam outros objetivos que não estão explícitos. Os partidos querem ganhar espaço no país e garantir maior número em cidades e estados para se fortalecer numa competição partidária. Essa espécie de cartilha ou caderno se apresenta também como um atrativo para os candidatos e assim, garantir maior número no legislativo. Claro que quanto mais candidatos eleitos no país, mais fortalecido será para o partido. A questão é que o curso para vereadores é uma maneira de amenizar os erros e incapacidades dos membros do(s) partido(s) e ao mesmo tempo, aumentando e qualificando os mesmos para assumir o poder. A idéia não é ruim, o interessante seria que essa proposta fosse estendida de uma forma mais regional, mais próxima. Que todos os partidos se empenhassem em uma transformação, utilizando esse conceito de palestras, cursos, cartilhas e livros para alfabetizar os políticos. Não seria a solução para os nossos problemas, mas teria um grande peso na educação partidária nos municípios, estados e no país.
Nas ultimas eleições municipais, houve um aumento significativo no número de candidatos em todo o país. Junto com isso, ocorreu uma alternância entre os números de candidatos com menor ou maior grau de instrução alfabética, dependendo do nível de escolaridade. Esses primeiros números mostram em um plano nacional, a variação média do nível escolar dos candidatos eleitos a vereadores. Os dados são do site da Confederação Nacional dos Municípios (www.cnm.org.br). No ano de 2000 a quantidade de candidatos eleitos que apenas sabiam ler e escrever era de 2.475, enquanto os que sabiam ler e escrever em 2004 baixou para 2.340. Uma pequena diminuição, mas que já representa um começo nos casos de analfabetismo. Em contrapartida, os casos de candidatos eleitos com fundamental incompleto cresceu em relação ao ano 2000, passou de 11.926 para 12.657 em 2004. Isso mostra que há um início de preocupação em assumir cargos com um maior nível escolar (embora que seja o mínimo). Outro resultado disso são os que se candidataram ao cargo que terminaram o ensino médio, 12.259 em 2000 para 14.717 em 2004. Uma boa notícia que demonstra um melhoramento na educação e nos conceitos de alfabetismo entre eles. Esses números mostram um lado positivo no país. As pessoas querem políticos educados e que possam ser capazes de governar durante os quatro anos, mesmo que ainda haja tanta corrupção e escândalos no meio mas, o eleitor tem sempre uma esperança e acredita nela. Nessa mesma pesquisa, agora feita com os prefeitos eleitos, a situação é melhor em relação ao mesmo fator, escolaridade. Em 2004 foram eleitos apenas 93 prefeitos que declararam apenas saber ler ou escrever sem grau de instrução, enquanto que no ano 2000 foram 111. Aqueles que têm nível superior completo estão bem acima da tabela entre os números de escolaridade, em 2004 foram eleitos 2241 candidatos a prefeitos e no ano 2000, o número foi 2107 com superior completo. Esses dados mostram que àqueles que têm maior nível de educação são escolhidos para chefiar uma prefeitura e conseqüentemente, são esses que detém maior poder econômico num município.
Ter nível superior para um candidato, seja qual for o cargo, é de grande valor e pode ser decisivo numa corrida eleitoral. Com uma boa formação, ele pode se sobressair em discursos e idéias para seu governo, desde que seja para o bem do eleitor e que não haja má intenção em usar das idéias para corrupção. Esses números que acabamos de ver representam uma conquista para o povo brasileiro. Ainda é pouco, não é grande o número de prefeitos com nível superior no Brasil, mas isso pode melhorar tendo o apoio da população.
TUDO COMEÇA NA CAMPANHA
É no período que antecede as eleições que a “fila” para as inscrições começam. Uso o termo “fila” porque como vimos, em todas as campanhas o número de candidatos aumenta de forma exagerada, sem preparo ou idéias para um bom, governo. O jornalista e escritor Lima Barreto (1881-1922) escreveu um conto muito interessante, “O homem que sabia javanês”.[5] É uma história que fala de um homem que lê num anúncio que um garoto precisa de um professor de javanês. Esse homem logo procurou saber do assunto em bibliotecas e mesmo sem aprender nada de javanês, foi ensinar o menino que precisava traduzir uma carta desse idioma. No final, sem saber de nada sobre aquela língua, ele ganha prestígio do cliente e fama, pois era o único que “sabia” javanês no seu país. Esse conto pode nos trazer para a realidade da instrução dos nossos candidatos. Mesmo sem saber de nada sobre política, é nas campanhas que muitos tentam conquistar o voto de qualquer forma. Pode ser esse o motivo que leva às pessoas a escolherem o preferido. São os únicos que estão ali e passam a impressão de quê apenas em cima daquele palanque, nas rádios ou nos debates é que existe a verdade, o “saber” político. Ainda existem pessoas que se deixam levar pela proximidade que a campanha leva até o eleitor. Um abraço, um aperto de mão ou um sorriso, infelizmente conquistam muitos votos. Nessa época se escuta a voz do candidato, conhece sua família, seus amigos e seus costumes, mas tudo não passa de marketing. È justo sim, mas que seja de forma limpa e preparada para um bom governo.
Como boa notícia, temos o fato de quê às pessoas estão tomando consciência dessa falta de preparação. Um bom exemplo disso são os números vistos sobre os eleitos e seu grau de instrução. É bom saber que aos poucos há uma mudança de pensamento que já estava em tempo de acontecer e que deve melhorar com o passar dos anos. Esses políticos que se assemelham com o personagem do conto de Lima Barreto estão com os dias contados. Com a educação se dá o primeiro passo parra a instrução política e assim esperar-mos o fim da corrupção. Pois esse mal também começa na campanha eleitoral, a compra de votos e a compra de direitos políticos e favores são partes da corrupção. É preciso formar uma nova base para corrigir os erros.
Uma campanha limpa começa com um bom plano de governo de forma clara para as pessoas. Não basta dar gritos nas ruas e fazer gestos de amizade, é necessário existir além do conhecimento, um sentimento de fraternidade e igualdade perante o próximo na corrida eleitoral. Quando falei de formação política, não foi preciso excluir àqueles que não tem educação necessária para um governante. Como já expus, a constituição dá o direito a qualquer homem de se candidatar a qualquer cargo na política brasileira, mas é fundamental que haja consciência da capacidade de governar, o poder não deve subir a cabeça na hora de lançar uma candidatura e o povo toma conhecimento disso cada vez mais.
ANALFABETISMO ELEITORAL
A EDUCAÇÃO COMO PARTE DO PROCESSO
Participar de uma eleição de cunho político governamental, é bem mais que cumprir uma exigência presencial do TRE, é um dever como também um direito comum a qualquer cidadão. Mas, então qual será o porquê da banalização eleitoral, do desinteresse político, e do analfabetismo eleitoral, será que esse termo tem realmente algum respaldo para existir, ou é apenas um vocábulo usado por críticos políticos?
Em primeiro aspecto, podemos afirmar que na verdade a democracia é um termo fictício em nosso país, pois, apenas a minoria tem direito à saúde, moradia, educação. Educação, um aspecto que merece uma análise minuciosa, pois ela é um dos grandes fatores responsáveis pelo analfabetismo lingüístico, cultural e político.
Existem de fato, analfabetos políticos, podemos até mesmo dizer que a maioria da população, é. E isso de deve ao fato de que, não é interessante para a política governamental brasileira, que a população tenha uma justa e leal educação. Pois educação traz informação que gera conhecimento, uma pessoa que tem conhecimento, pensa antes de tomar suas atitudes, inclusive eleitorais. Portanto, se para eles é bem melhor ter uma população passiva que apenas cumpra sua responsabilidade presencial, esse “educar” não faz parte das pautas dos projetos aprovados em câmara. Esse é um dos motivos, pelos quais não se investe em educação no Brasil.
O ensino hoje, ministrado nas escolas públicas é estarrecedor, os indivíduos são instruídos a ter uma visão de que sua função naquela instituição é básica; aprender a ler, escrever, fazer as quatro operações e quando no máximo, concluir os estudos meramente para ter um diploma – papel. Isso é culpa desses alunos? Não, na verdade eles são apenas vítimas da maldade e de uma falsa democracia que não fornece uma base cultural, social e política, algo que construa e incentive esses indivíduos a ser no futuro um cidadão de bem, que tenha responsabilidade política e social com o seu país e demais indivíduos que dele também fazem parte, que este aluno ora educado tenha o interesse e a motivação de contribuir para o crescimento da economia de seu país, da política; podendo dar sua opinião crítica a respeito dos candidatos que já foram eleitos, que serão eleitos e poder também fazer seu juízo de valor, exigir seus direitos, dessa forma, sim, ele poderá ser chamado, cidadão.
“Na justificação do Projeto de Emenda Constitucional n.27 de 1961, Fernando Ferrarri e outros argumentam: “Nunca, entretanto, é demais repetir-se que vivemos numa democracia nominal, pois a maior parte da Nação, não alfabetizada, perdida nos campos e nas cidades, não participa das grandes decisões brasileiras”. E perguntam: “E como recolherem-se os ecos da ‘força social’, sem ouvir os 20 milhões de iletrados adultos que povoam o Brasil”? (Ferrarri e outros, in Rodrigues, 1965, p.9).”
DESINTERESSE POLÍTICO, POR QUÊ?
Em segundo aspecto podemos dirigir o nosso estudo para o desinteresse político. No qual podemos abordar como causa três principais elementos; a ausência de educação e cultura política , a falta decredibilidade do povo e a ausência de espírito público.
Política é um assunto que não causa muita afinidade nem tampouco faz parte da realidade de muita gente. Fato este, conseqüente também, da ausência de uma educação e cultura política como outrora já fora citado.
No entanto, não podemos nos esquecer de que, esse desinteresse acontece do mesmo modo, em virtude das denúncias de corrupção, das impunidades, observe a citação abaixo.
“Em pesquisa realizada no ano 2000 pelo IBOPE/CNI e publicado pela Folha de São Paulo, portanto há cinco anos, revelava que 56% das pessoas entrevistadas naquela época, diziam que não estavam interessadas nas eleições que elegeriam prefeitos e vereadores naquele ano. Esse desinteresse revelado deve ter aumentado muito nos dias atuais, em virtude das denúncias de corrupção, mensalão, mensalinho e desmoralização da classe política como todo, guardadas as devidas proporções.”(D´CÂMARA, 2007).
Isto acontece, porque, as pessoas perderam a confiabilidade na política, em quem eles mesmos elegeram, pois na maioria das vezes, não sabem nem mesmo porquê elegeram.
Outro traço característico, responsável também por esse desinteresse é a “ausência ou carência de “motivações coletivas” ou “a falta do espírito público” nas instituições políticas brasileiras” – conforme aponta (Oliveira Vianna na sua interpretação desenvolvida na obra “Instituições Políticas Brasileira” (1974), onde enfatiza os fundamentos sociais e políticos da formação do Estado brasileiro”. (OLIVEIRA, 2007).
Vianna comenta que essas motivações coletivas e esse espírito público são construídos, mediante antecedentes históricos, influência subconsciente dos usos e costumes tradicionais da nossa vida local. Não é uma tarefa fácil impor um comportamento político à população, mas como Vianna mesmo aborda, se essa cultura fosse inserida desde os primórdios dos pilares educacionais, o interesse do eleitor brasileiro pela política, bem como a análise e desenvolvimento desta, seria parte fundamental de seu dia-a-dia.
CULTURA POLÍTICA: O COMPORTAMENTO DO ELEITOR BRASILEIRO
“O termo cultura política refere-se às orientações especificamente políticas, às atitudes com respeito ao sistema político, suas diversas partes e o papel dos cidadãos na vida pública”(ALMOND e VERBA, 1989, p. 12)”. (BORBA, 2007).
Segundo (ALMOND e VERBA, 1989, p. 14), existem três tipos de orientação política:
1)a “orientação cognitiva”, que significa o conhecimento do sistema político e a crença nele, nos seus papéis e nos seus titulares, seus inputs e ou outputs.
2)a “orientação efetiva”, que se traduz pelos sentimentos sobre o sistema político, seus papéis, pessoas e desempenho, e;
3) “a orientação avaliativa, significando o julgamento e as orientações sobre os objetos políticos, que tipicamente envolvem a combinação de padrões de valor, bem como de critérios de valor com informações e sentimentos”. (BORBA, 2007).
O objetivo em analisar a cultura política é contribuir para a explicação do comportamento político dos indivíduos, destacando a forma como os valores culturais são componentes endógenos da tomada de decisão, mas também abordar o comportamento eleitoral e sua relação com a cultura política e ideologia – que dizem respeito aos prováveis impactos das construções ideológicas sobre a cultura política de uma sociedade.
Este estudo teórico nos fornece embasamento para a análise do comportamento do eleitor brasileiro. Se hoje, podemos observar esse eleitor como um indivíduo passivo, desinteressado e fortemente influenciado pela média. Isso se deve ao fato da má, ou até mesmo da ausência dos padrões de orientação política, a não inserção dos cidadãos na vida pública. Essa falta de orientação é que gera o analfabetismo do brasileiro. Uma nação carente de construções ideológicas gera um povo sem identidade, consciência e esperança.
Pessoas tomadas pelo conformismo de que a realidade não pode ser modificada, deve ser aceita. E assim, o povo tem procurado se adaptar ao sistema dessa nação, a fim de atingir o seu maior objetivo: sobreviver.
O PAPEL DA COMUNICAÇÃO: DE QUE FORMA O JORNALISMO CONTRIBUI OU NÃO, PARA O ANALFABETISMO ELEITORAL?
Partimos da seguinte observação “cultura necessita de comunicação. A comunicação estabelece a cultura”. Os meios de comunicação de massa causam um grande impacto social.
“No início do século XX, Lasswell, vê o usuário da mídia como consumidor passivo, teleguiado, que reproduz de forma automática aquilo que os meios transmitem. No entanto, em sua pesquisa posterior, ele observou que os indivíduos passaram a participar do processo, a interpretar o conteúdo recebido de diferentes maneiras, de acordo com a sua cultura, com a influência de outros meios, aparelhos ideológicos.” (MIGUEL, 2007).
Dessa forma, como vimos no tópico anterior, a base cultural política do eleitor brasileiro, não o oferece subsídios suficientes para que ele possa desenvolver uma opinião crítica – firme, sobre o assunto. Pois, para que o eleitor seja capaz de fazer uma opção consciente, “(…)ele precisa estar provido de informações adequadas sobre quem são os candidatos, quem os apóia, quais são as suas trajetórias e suas propostas; o mundo social, ou seja, quais são os desafios a serem enfrentados, as verdades possíveis e suas conseqüências.”(MIGUEL, 2007).
E visto que o trabalho jornalístico consiste em recolher informações dispersas, empacota-las através de determinados processos técnicos e distribuir o conteúdo final a uma audiência diversificada, percebemos que grande é a responsabilidade profissional de um jornalista neste processo. Pois ele é um líder de opinião, que pode tanto inserir no seu trabalho compromisso, oferecendo conscientização e cultura à população, como também, pode colaborar para o aumento desse analfabetismo.
Como comunicadores, a partir do estudo em análise, é válido também, que paremos para pensar, qual está sendo a nossa contribuição para mudar esta realidade.
Pois, retomando o que fora citado no início vale sempre lembrar de que: a comunicação estabelece cultura e comunicar esta cultura aos brasileiros, para nós, deve ser mais que uma tarefa profissional, deve ser: um dever social.
A INFLUÊNCIA MIDIÁTICA NA POLÍTICA CONTEMPORÂNEA
Todos nós sabemos que os meios de comunicação têm um grande peso na hora de escolher, endeusar e até transformar algo pequeno em extraordinário. Mas o que poucas pessoas sabem é que a mídia executa um papel muito importante na formação de opinião, ela é capaz de transformar e mudar as opiniões, atuando no cotidiano das pessoas, inserindo idéias e influenciando nos pensamentos.
Nos últimos tempos, temos sido testemunhas de muitos casos em que a televisão, o rádio, e os demais meios de comunicação, conseguem alterar o rumo de determinadas coisas, como por exemplo, as eleições.
A cada ano que se passa, as eleições tornam-se mais importantes e para que esse processo eleitoral se torne cada vez mais bem sucedido, é preciso que haja a intervenção de diversas forças, e entre elas está o chamado “quarto poder”, a mídia, os meios de comunicação. Esses meios estão presentes nesse processo, para ajudar no esclarecimento da escolha eleitoral, para que os eleitores possam escolher melhor as pessoas que, durante o período de quatro anos, irão exercer influência crucial sob suas vidas.
Como já foi dito, um dos maiores inimigos da política brasileira é a falta de formação (instrução) política. Mas mesmo nessa condição e com o país ainda sustentando um alto nível de analfabetismo, nos últimos anos esses índices têm caído (assim como expus) em grande número. O que é por sinal muito bom, mas levando em consideração a quantidade de pessoas analfabetas, o Brasil ainda tem muito que melhorar em diversos aspectos, principalmente na política.
A MÍDIA E O ANALFABETISMO POLÍTICO
Embora os índices de analfabetismo escolar, no Brasil, tenham baixado muito nos últimos anos, não podemos dizer o mesmo em relação aos números do analfabetismo político. Houve apenas um pequeno avanço nos níveis de capacitação dos políticos e uma consciência das pessoas na escolha de seus candidatos.
A grande fraqueza do país pode estar na falta de cobrança das pessoas para com os políticos, exigir o direito e fazer da mídia não só um objeto de entretenimento mas uma arma contra corrupção.
Por esse mal, infelizmente ainda contamos com políticos desonestos, que se aproveitam das pessoas mais humildes e iludem com falsas promessas, comprando sues direitos com mixarias. Aí onde entra a mídia e seu papel como ferramenta de instrução, para esclarecer dúvidas, desmascarando políticos corruptos, e conscientizando as pessoas para a importância do voto. Um bom sinal vivemos nesses últimos anos, nunca se viu tanto político sendo preso ou investigado na mídia como agora.
Essa mesma mídia que pode instruir civis a uma escolha certa e satisfatória, pode também levar os mesmos a uma escolha errônea e influenciadora com a divulgação e incentivação de “propagandas enganosas”, etc. Várias são as maneiras dos políticos conseguirem isso, pois vários meios de comunicação são regidos pela ganância dos seus donos e um jogo de interesses.
A TV e o rádio são as maiores fontes de informação para a maioria dos brasileiros. A TV está presente em 87,7% das casas dos brasileiros, 81% assiste televisão todos os dias e em média passam 3,5 horas em frente do televisor.[6] Diante desses números é possível ter uma dimensão do alcance da TV nos lares brasileiros, sem falar do rádio que está presente em 99% das casas do país. Cada emissora de televisão tem sua afiliada regional e pode conseguir através desse meio, uma maneira de “educar” as pessoas para o voto, instruir de forma regionalizada a melhor maneira de escolha nas urnas.
O PODER MIDIÁTICO NA SOCIEDADE CONTEMPORÂNEA
Segundo o romance de Don DeLillo (1987, p. 69), na frase da personagem de Ruído branco, “Para a maioria das pessoas, só existem dois lugares no mundo: o lugar onde elas vivem e a televisão”. Essa frase resume de maneira sintética a importância dos meios de comunicação nas vidas das pessoas modernas.
Nos últimos tempos, com o advento dos meios de comunicação, o rádio e a televisão, especialmente esse última, tornaram-se a principal ponte de comunicação entre os políticos e os cidadãos comuns, passando a ser conhecida como “instrumento de contato” que leva até as residências ou quaisquer outros locais um discurso de algum político. Mas quanto mais o tempo se passou, menor foi o aproveitamento para o eleitor. O que se viu e vê é uma forma de marketing pessoal para fins políticos de forma a alienar as pessoas com propagandas e promessas que ficam no esquecimento.
Por conta dessa mudança nos tempos e nos meios, o discurso político teve que mudar, adequando-se aos veículos de massa. A diversidade das tecnologias favoreceu bastante a escolha do eleitor. Antes ele era “obrigado” a passar horas escutando um candidato falar, mas com o advento da televisão e do rádio, um simples clique[7] pode acabar com o discurso muitas vezes incômodo.
A mídia pode servir como instrumento de instrução para a população, pois ela é capaz de penetrar em nossas mentes sem que se perceba. É fácil escutar alguém na rua falando sobre alguma novela ou agindo da mesma maneira que um personagem fictício. Essa instrução pode servir para construir um pensamento ou opinião válida ou não. Ao mesmo tempo, pode desfazer uma idéia formada e reformular todo um conceito ao qual o eleitor já o tenha definido. São questões que vão de acordo com o discurso e o meio empregado assim como também a forma que foi empregada, de forma mutante de acordo com a pessoa ou forma aplicada.
Para os políticos, os meios influenciam na maneira em que eles irão debater determinado assunto, tornando-o atraente a pessoa que estará do outro lado, ajudando-o a esconder erros e gafes que normalmente poderiam prejudicar sua imagem perante os eleitores. A falta de um contato próximo é um dos motivos que mascara, muito embora os meios de comunicação sejam responsáveis pela maioria dos escândalos que envolvem políticos. Pois esses meios estão o tempo todo buscando informações sobre os candidatos, esperando apenas algum deslize para alertar a todos e por em risco a carreira do político. Dependendo muito das influências que esse tenha sobre o veículo e de seu poder em relação ao meio de comunicação. Na verdade se torna tudo um jogo de disputa de poder, cada qual com maior ou menor influência midiática.
CONCLUSÃO
Depois de todos esses argumentos é fácil se pensar que o nosso país não tem solução próxima para tal problema, que nossa constituição é falha ou que os culpados somos nós, os eleitores. Mas na realidade há uma brecha de esperança para uma mudança radical nesses casos e casos que rondam o Brasil. Em primeiro lugar tudo deve ou deveria começar com uma boa educação, com os números vistos e apresentados nesse texto, nosso país ainda necessita de uma base fortalecida na educação, mas recursos devem ser repassados para que daí saiam grandes formadores de opinião e futuros políticos de verdade. Precisamos contar com a compreensão e empenho daqueles no qual estudamos nesse artigo.
A justiça ainda exibe falhas na constituição e isso ajuda a aumentar esse quadro de analfabetismo político, mas é estimulante ver cada dia mais esse assunto ser discutido e debatido no meio social, nas escolas e nas ruas. As pessoas aparentam dar sinais de cansaço diante do que se exibe nos programas jornalísticos, à corrupção e a desigualdade social que assombra o país, serve como grande estímulo para que possamos ter futuramente uma mudança concreta nesse quadro. Políticos que possam ser iguais nas idéias e nas mudanças para uma melhoria de vida das pessoas, ocupar lugares que mereçam nossa confiança e não envergonhem àqueles que depositaram a confiança na hora do voto. Fica uma esperança e a espera de soluções que começa devagar e atinge a longo prazo as pessoas e hoje já se vê sinais dessa esperança.
O Brasil hoje está precisando de uma reforma o quadro político e também de uma instrução nessa área tanto no lado profissional quanto por parte do eleitorado. É evidente a urgência de uma reforma propriamente dita. Seria de bom uso que aquela cartilha para o vereador, citada no decorrer desse texto, servisse como um grande livro de instrução, uma forma de trazer o conhecimento e de instruir os que pouco sabem ou pensam que conhece política. A fim de se repensar sobre por que o nosso país se encontra assim e que se agir-mos dessa forma, possamos mudar tal situação. Os meios de comunicação e seus donos, muitas vezes os próprios políticos, pudessem deixar de lado a ganância e o poder para melhorar suas relações com o eleitor e garantir os direitos que nossa constituição diz para que nos próximos anos a política brasileira seja de verdade uma política.
BIBLIOGRAFIA
BORBA, Julian. Cultura política, ideologia e comportamento eleitoral: alguns apontamentos teóricos sobre o caso brasileiro. On-line. Disponível em:<http://www.scielo.br/scielo.php?pid=s0104-62762005000100006&script=sci_arttext>.Acesso em: 03 jun. 2007.
“Calvário eleitoral no rádio e TV”, copyright Comunique-se (www.comuniquese.com.br) 24/08/2004.
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[1] Ferreira, E. & Andrade Neto, M. Q. Cidadão do Mundo, Recife: Ed. UFPE, 2003, p.40
[2] Ibidem, p. 28
[3] Ibidem
[4] “Calvário eleitoral no rádio e TV”, copyright Comunique-se (www.comuniquese.com.br) 24/08/2004
[5] Gomes, A. “As eleições e o homem que sabia javanês”, www.odoculmento.com.br, 04/10/2002
[6] Levantamento feito pela Epcom – Instituto de Estudos e Pesquisas em Comunicação.
[7] O discurso político na mídia teve que mudar para poder ser mais atraente e sedutor à vista do eleitor.
Adorei a reportagem e gostaria que se possível receber mais coisas que são voltadas para o discurso político, pois a minha ” Monografia” Terá como tema: Verdades e a Mentiras na Publicidade
e título: O que se diz e o que não se vê no discurso político brasileiro. Que será defendida fazendo a análise do discurso, porque não devo fugir do campo de Letras.
Grata: Ecirleide Maia
PODERIA ME DIZER QUE ARMAS PODE SER UZADAS PARA A DIMINUIÇÃO DO ALFABETO POLITICO? FICO GRATA SE VC ME RESPONDE ESSA PERGUNTA EU AGUARDO COM RETORNO DA SUA RESPOSTA
O povo não precisa de armas para harmonizar os poderes públicos,é identificar o candidato com espirito patriótico, que gosta do povo e usará o poder para as prioridades do bem comum, usando os recursos do erário sem nenhuma falcatrua envolvida.
PODERIA ME DIZER QUE ARMAS PODE SER UZADAS PARA A DIMINUIÇÃO DO ANALFABETO POLITICO? FICO GRATA SE VC ME RESPONDE ESSA PERGUNTA EU AGUARDO COM RETORNO IMEDIATO A SUA RESPOSTA
QUE ARMAS PODE SER UZADAS PARA A DIMINUIÇÃO DO ANALFABETO POLITICO
Uzadas – quer dizer fulminadas com uma metralhadora russa chamada UZI
parabéns e obrigado pelo post amigo
muito bém,,que todos os brasileiros abram os olhos,,esse artigo me fez pensar e querer fazer algo a respeito desse assunto,acredito que seria de bom tamanho que fosse posta em vigor uma lei que ‘ só pessoas com alguma formaçao superior pudesse se candidatar a um cargo político ou de confiança,,,imaginém como seria bom,não basta ser alfabetizado,ler e escrever não é o suficiente para alguém chegar ao poder público e governar um povo, é um absurdo,num país onde há tantos especialistas,mestres ,doutores e outros formados em tantas outras areas,sermos governados muitas vezes por alguém que mal sabe escrever o própio nome,,,pensemos nisso!
Parabéns pelo artigo, muitas vezes me pergunto de onde eles vem, quantos são e de que buraco eles saíram. Com tantos políticos analfabetos fazendo leis, que depois vão ser utilizadas pela sociedade eletizada. Achei a resposta para tantos questionamentos da sociedade, nossos políticos são nossos alunos desistentes e evadidos das escolas oriundas de um sistema de ensino defazados e professores que ganham uma verdadeira miséria. Nossos políticos encontraram uma verdadeira mina de ouro, um negócio da china, a melhor coisa hoje é ser político….
poderia me dizer que exemplos de situações e atitudes que possam caracterizar o analfabetismo político