Fonte: Folha de S. Paulo. |
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Deputado Inocêncio Oliveira (do PL [legenda 22] de Pernambuco) PROCESSADO e CONDENADO !
O deputado INOCÊNCIO OLIVEIRA (do PL [22] de Pernambuco), primeiro-secretário da Câmara dos Deputados, foi CONDENADO pelo Tribunal Regional do Trabalho do Maranhão a pagar indenização de R$ 130,00 por dia, a título de danos morais, a 53 trabalhadores rurais flagrados em 2002 em situação semelhante a de ESCRAVOS na Fazenda Caraíbas, no município de Gonçalves Dias.
Meses depois da denúncia, ELE vendeu a propriedade (porque terá sido ???).
Na decisão de primeira instância, decretada pelo Juiz do Trabalho da Vara de Barra do Corda (MA), MANOEL LOPES VELOSO SOBRINHO, em novembro de 2003, O Deputado Federal Inocêncio havia sido condenado a pagar R$ 10 mil para cada trabalhador, totalizando R$ 530 mil, que seriam revertidos ao Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT).
O relator do caso, AMÉRICO BEDE FREIRE, considerou que a situação na fazenda do Deputado era de “TRABALHO DEGRADANTE”.
Segundo o relator, os trabalhadores eram obrigados a dormir em camas que não eram consideradas confortáveis e não tinham acesso a água potável. Além disso, não tinham registro em carteira, viviam em condições inadequadas de segurança e eram impedidos de deixar a fazenda.
A libertação dos trabalhadores da fazenda Caraíbas não é a única mancha no currículo de Inocêncio Oliveira – que já foi acusado de utilizar verbas públicas do então Departamento Nacional de Obras contra as Secas (DNOCS) para a construção de poços artesianos em suas fazendas.
Inocêncio também foi denunciado ao Supremo Tribunal Federal pelo então procurador-geral da República Cláudio Fonteles (inquérito 2054) pelo crime de aliciamento de trabalhadores e redução deles à condição de escravos.
Em outubro de 2003, uma denúncia foi instaurada pelo atual procurador-geral, Cláudio Fonteles, que, ao contrário de seu antecessor, considerou culpados tanto o deputado quanto o gerente da fazenda Caraíbas, Sebastião César de Andrade. De acordo com ele, os trabalhadores estavam em um “quadro claro de servidão por dívida”.
Fontes: Correio Brasiliense, Leonardo Sakamoto integra a ONG Repórter Brasil e